Três executivos do setor têxtil falam sobre os desafios do setor diante da pandemia

O presidente da Abit, Fernando Pimentel, o sócio fundador da Piticas, Felipe Rossetti, e a diretora comercial da Epson do Brasil, Evelin Wanke, destacam como o segmento tem reagido à crise e o potencial da indústria brasileira de moda. Bate-papo com executivos faz parte do projeto Têxtil Show

2020 não foi um ano fácil para a indústria brasileira – e no setor de moda não foi diferente. Reinvenção e tecnologia foram as palavras que mais rondaram o vocabulário de empreendedores do segmento e foram os fatores que permearam a conversa do apresentador do Talk Show Têxtil Show, Henri Kanj, com três executivos do segmento: Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Felipe Rossetti, sócio fundador da Piticas e Evelin Wanke, diretora comercial da Epson do Brasil.

Nos episódios do projeto, que podem ser conferidos no canal do Youtube, os gestores destacam que, apesar dos desafios, é possível reestruturar a cadeia de produção. “A indústria da moda, atualmente, gera mais empregos do que o mercado automotivo, por exemplo. Um dos fatores que nos fortalece é o fato de termos uma cadeia produtiva integrada, que nos permitiu reorganizar e até mesmo adequar a produção têxtil para suprir demandas do setor da saúde, por exemplo”, comentou Pimentel.

Para Evelin, é a otimização de processos que ganha destaque neste novo momento da indústria da moda. “Existem diferentes técnicas de impressão, que podem potencializar a produção e melhorar a rotina do empreendedor, garantindo melhor aproveitamento de insumos. Há uma democratização da impressão digital, o custo-benefício é muito bom e há máquinas para todos os tamanhos de negócios”, explicou em parte do episódio onde respondeu perguntas de empreendedores de moda e estudantes do setor.

Reinvenção no processo produtivo para garantir continuidade do negócio

“No dia 20 de março de 2020 praticamente todas as nossas lojas, além da fábrica, tiveram que fechar. Nós temos uma folha de pagamento mensal de mais de R$ 1 milhão de reais e o nosso faturamento mensal caiu para 1% do que tínhamos anteriormente. Mais de 97% das nossas lojas ficam em shoppings e tivemos que nos reinventar”, iniciou seu relato Felipe Rossetti, sócio fundador da Piticas, marca que aposta em licenciados no universo Geek.

A reestruturação da estrutura que produz 25 mil peças por dia, de acordo com Rossetti, ocorreu para garantir a continuidade do negócio, que diante da crise passou a produzir aventais hospitalares e máscaras. “Era uma demanda crescente e necessária e foi o que conseguimos fazer para manter nossa empresa. Foram cerca de cinco meses produzindo avental, fornecendo para diversos hospitais. Depois, com a reabertura gradual, fomos retomando a produção habitual”, comenta.

No último ano a Piticas também lançou uma linha para o mercado Pet e investiu em lojas conceito, focadas na experiência do consumidor. “Muitas lojas grandes em shoppings estão vazias e conseguimos preços interessantes. Essas são lojas de experiência, que reúnem, universo geek e cenários para fãs de séries. Temos, por exemplo, o sofá original da série Friends e isso tem atraído muito o público”, finalizou.

Para conferir estes e os demais episódios do projeto Têxtil Show basta acessar o canal do Youtube da iniciativa, que conta com o apoio de marcas como Epson do Brasil e Brand Têxtil: https://www.youtube.com/channel/UCImyTmb9tfi1oy1rAl5G8_Q

Publicado às 11h56

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